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Mistério babilônico de 2.700 anos é solucionado

Arqueólogo especialista em Assíria diz ter descoberto o que símbolos misteriosos gravados em templos de 2.700 anos atrás, os associando a constelações e reis antigos. Revelações de um Mistério Babilônico.


Reproduções de escavadores franceses dos símbolos assírios gravados nos templos, agora, segundo Worthington, desvendados (Imagem: New York Public Library/Domínio Público)
Reproduções de símbolos assírios gravados nos templos, segundo Worthington, desvendados (Imagem: New York Public Library/Domínio Público)

Segundo um arqueólogo especializado na Assíria diz ter solucionado um enigma de 2.700 anos, um mistério babilônico envolvendo figuras pintadas em templo milenar de uma antiga cidade no atual Iraque. O local em questão era chamado de Dūr-Šarrukīn, onde, durante o reinado de Sargão II, da Assíria (721 a.C. — 704 a.C.), diversos símbolos foram gravados em uma série de templos locais.

Martin Worthington, da Universidade Trinity, avaliou cinco símbolos — um leão, uma águia, um touro, uma figueira e um arado — que ganharam o mundo quando escavadores franceses os reproduziram em desenhos após seu achado, no século XIX. Eles foram comparados aos hieróglifos egípcios, mas seu significado era desconhecido. Não mais, segundo Worthington.


O significado dos símbolos assírios

De acordo com o arqueólogo, a sequência de símbolos representaria o nome do monarca, Sargão — šargīnu — soletrado na língua assíria. No mesmo sítio arqueológico, há outros templos com apenas três dos símbolos desenhados, no caso, o leão, a figueira e o arado, que, de acordo com o cientista, também soletrariam o nome do rei. 


Reproduções de escavadores franceses dos símbolos assírios gravados nos templos, agora, segundo Worthington, desvendados (Imagem: New York Public Library/Domínio Público)
Reproduções dos símbolos assírios escavados nos templos (Imagem: New York Public Library/Domínio Público)

Para dar mais suporte à teoria, Worthington aponta que os elementos também podem ser lidos como constelações.


O leão representaria a constelação de Leo, enquanto a águia seria Aquila. Muitos dos conceitos e nomes assírios para as estrelas são os mesmos da astronomia moderna, já que as constelações vieram da Mesopotâmia ao ocidente através dos gregos.


Já a figueira representa a Constelação da Mandíbula, que não possui um equivalente moderno. O nome vem da proximidade das palavras no antigo assírio: “iṣu” é a palavra para árvore, enquanto “isu” signifca mandíbula.



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Usar os símbolos para escrever o nome de Sargão, então, “imortalizaria” o monarca nas estrelas, colocando-o nos céus. A poderosa mensagem ecoaria nos templos, prática comum para outros líderes através dos tempos. A antiga Mesopotâmia, que fica no atual Iraque e países fronteiriços, abrigou babilônios, assírios e sumérios, e foi berço da escrita, que surgiu na região há cerca de 3.400 a.C.


Embora Worthington não consiga provas concretas do significado dos símbolos, a interpretação, segundo ele, funciona ao explicar tanto a sequência de cinco elementos quanto a de três, e, ao abarcar o significado cultural forte das constelações, faz tudo parecer mais factível. A chance de ser apenas uma coincidência, é, segundo um trocadilho do próprio autor, “astronômica”.

Fonte: Bulletin of the American Society of Overseas Research

 

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