Caminho da evolução humana é revelado por abrigo de 150 mil anos: Arqueólogos desenterraram ferramentas de pedra e ossos de animais que estavam no local há mais de 100.000 anos
Arqueólogos sabem há muito tempo que humanos modernos e nossos parentes próximos já caminharam por uma região chamada de Corredor de Montanhas da Ásia Interior (ou IAMC, na sigla em inglês) durante a Idade da Pedra — que começou há cerca de 3 milhões de anos e durou até aproximadamente 40 mil anos atrás, na busca por entender os caminhos da evolução humana.
Agora, eles descobriram um novo abrigo rochoso no Tajiquistão, na Ásia Central, que pode ter sido um local de migração de neandertais e humanos modernos por 130.000 anos.
Nessa jornada da evolução humana, segundo um dos autores do estudo, Yossi Zaidner, professor sênior do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, a região “pode ter servido como rota de migração para várias espécies humanas” que podem ter coexistido na área.
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Um estudo sobre a evolução humana foi publicado em 4 de novembro no periódico Antiquity visa descobrir justamente quem eram os humanos que habitavam essas partes da Ásia Central.
Como foi feito o estudo sobre a evolução humana
Zaidner e seus colegas procuraram por sítios da Idade da Pedra ao longo do Rio Zeravshan, um grande rio na Ásia Central que foi importante na Rota da Seda durante a Idade Média;
Eles acabaram desenterrando dois sítios e descobriram que diferentes humanos ocuparam esses pontos em épocas distintas;
Em 2023, a equipe escavou um deles chamado Soii Havzak. revelando uma variedade de ferramentas de pedra;
A lista inclui: sílex (rocha sedimentar de quartzo), lâminas e lascas de rocha trabalhadas, além de ossos de animais, carvão e sílex queimados, apontando para uso antigo do fogo;
A descoberta é “um passo significativo para entender a história humana antiga na Ásia Central”, afirma Zaidner.
“Esperamos que a pesquisa em andamento neste local revele novos insights sobre como diferentes grupos humanos podem ter interagido nesta região”, acrescentou Zaidner.
Vale mencionar que humanos antigos não eram os únicos indivíduos que gostavam desta região. O vale do rio eventualmente se tornaria uma rota importante na Rota da Seda, conectando civilizações como a China e o Império Romano através dos continentes, segundo declaração do autor do estudo.
No fim, ainda há muito a ser aprendido sobre as interações entre diferentes espécies humanas durante o Paleolítico Médio, que durou de cerca de 300.000 a 30.000 anos atrás. Este sítio arqueológico apresenta uma oportunidade única para investigar como os humanos modernos e seus parentes próximos podem ter interagido, destaca o Live Science.
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